sexta-feira, 26 de junho de 2009

Avançando na prática I

Com a finalidade de trabalhar o gênero da Fábula com a 5ª série do Ensino Fundamental, optei por trabalhar na uindade 9, o avançando na prática da seção 3, página 41 do TP3. Para introduzir o assunto, porém, levei para a sala uma série de livros de fábulas. Realizamos, então, uma roda de leitura, e cada estudante relatou, oralmente, o enredo de uma fábula. Pedi que eles refletissem sobre o que havia em comum entre todas as histórias e, a partir disso, constuimos um conceito de fábula com a turma. Vale ressaltar que já havia sido trabalhado com a turma o conceito de narração e o gênero dos contos maravilhosos, o que facilitou a comnpreensão da Fábula como sendo outro gênero de texto. Em seguida, foram trabalhados os textos A cigarra e a formiga - A formiga boa e A cigarra e a formiga - A formiga má, ambos de Monteiro Lobato. Após a exploração textual, identificando nos textos as características do gênero Fábula, e da ilustração da versão que eles mais gostaram (que eles simplesmente adoram fazer!) propus que a turma mudasse o foco narrativo da história, relatando-a do ponto de vista da cigarra e também da formiga. Em outra aula, procedemos a leitura e correção dos textos criados pelos estudantes e, em seguida, trabalhamos com a versão original da fábula, escrita pelo fabulista La Fontaine. Nesse aspecto, contribuiu para o sucesso do trabalho o fato que a turma já havia trabalhado com as diferenças entre o texto em prosa e em poesia, observando mais essa diferença estrutural entre a fábula tradicional e contemporânea. Para finalizar essa aula, assistimos ao vídeo da fábula A cigarra e a formiga. O trabalho foi prazeroso, tanto para mim quanto para os alunos, a julgar pelo envolvimento dos mesmos. Não ocorreram dificuldades que mereçam ser registradas e creio que o objetivo de familiarizar os estudantes a esse gênero de texto foi plenamente atingido, pois eles mostraram-se capazes, inclusive, de diferenciá-lo dos contos maravilhosos, gênero com o qual já haviam trabalhado. A prática foi discutida, brevemente, com a professora de português que também está participando do curso e a nossa avaliação dos resultados é a melhor possível.

Relato do terceiro encontro

No dia 10 de junho nos encontramos, novamente, na cidade de Humaitá. A terceira oficina do curso Gestar II foi um momento decisivo para que compreendêssemos a dinâmica do trabalho a ser realizado. O primeiro momento foi muito agradável, visto que a professora Daiana, formadora, optou por atividades lúdicas e que levam a reflexão para dar início aos trabalhos. Em seguida, passamos à socialização do que foi aplicado em sala de aula, desde à última oficina. Foi então que percebi a relevância da troca de experiências que será promovida durante o curso. Ao mesmo tempo em que relatávamos os detalhes de nossa prática, os caminhos escolhidos e problemas enfrentados, ouviamos os relatos dos outros professores e percebiamos a riqueza de possibilidades que nem havíamos imaginado. A troca de experiências foi muito enriquecedora e permitiu que compreendessemos o verdadeiro sentido deste curso de formação continuada, que é promover a reflexão sobre a prática docente. Neste momento do curso, tudo tornou-se mais concreto e aumentou a expectativa de que, realmente, esta é uma formação complementar que pode fazer a diferença no ensino de Língua Portuguesa, tornando-a mais significativa para professores e estudantes.

Relato do segundo encontro

No dia 23 de maio, numa manhã de sábado, ocorreu a segunda oficina do curso Gestar II. Após a saudação das professoras Daiana e Adriane aos participantes do curso, o grupo de professores, que até então estava trabalhando junto, foi dividido por área. Assim, nós, da área de Língua Portuguesa, nos dirigimos à outra sala, para assistirmos ao filme Narradores de javé, o qual promove uma reflexão interessante a respeito da importância da escrita, bem como sua relação com a oralidade.
Após o intervalo, passamos ao estudo dos TPs, a fim de nos familiarizarmos com a linguagem do material, seu formato e conteúdo. Afinal, nos próximos meses, estaremos utilizando-o em sala de aula. Essa oficina permitiu que compreendêssemos melhor o programa e sua metodologia de aplicação, embora a necessidade constante de sistematização de resultados e reflexão sobre a prática preocupasse a maioria dos professores que, sobrecarregados de trabalho nas escolas, não dispõem de muito tempo para dedicar à própria formação.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Relato do primeiro encontro

O primeiro encontro do curso Gestar II ocorreu no dia 15 de maio, numa das primeiras manhãs geladas do inverno de 2009. Eu e mais três professores de minha cidade nos deslocamos a Humaitá, onde encontramos um grupo que, como nós, mostrava-se ancioso para conhecer a proposta do Programa. Tinhamos em comum, todos nós, a certeza de que são necessárias e urgentes reconfigurações metodológicas efetivas , capazes de promover reais mudanças em educação.
Fomos recepcionados pela equipe da Smec do município de Humaitá e pelas professoras Daiana e Adriana, que irão ministrar o curso para os professores de Língua Portuguesa e Matemática, respectivamente. Inicialmente, realizamos um trabalho de dobradura, que serviu de recurso para a apresentação. Tal dinâmica permitiu que percebêssemos, na diversidade de culturas e realidades, um ponto em comum que nos aproximava: a vontade de melhorar a prática docente.
Feitas as apresentações, as professoras passaram a esplanar sobre os aspectos gerais do curso, carga horária, objetivos, organização, etc. Apesar da falta de tempo livre, característica do trabalho docente, o grupo mostrou-se interessado e disponível para a realização das tarefas e leitura do material. Deixei a cidade de Humaitá ciente de que o curso exigirá bastante de mim, sobretudo em função dá falta de tempo, mas anciosa para dar início aos estudos e atividades práticas.